Moro tem recebido sucessivas críticas, principalmente de empreiteiras e de advogados dos executivos capturados na Operação Erga Omnes, nova fase da Lava-Jato. Advogados atribuem 'abusos' e 'excessos' à Lava-Jato.
"A Ajufe não vai admitir alegações genéricas e infundadas de que as prisões decretadas nessa 14.ª fase da Operação Lava Jato violariam direitos e garantias dos cidadãos. A Ajufe também não vai admitir ataques pessoais de qualquer tipo, principalmente declarações que possam colocar em dúvida a lisura, eficiência e independência dos magistrados federais brasileiros", alertam os juízes.
"A pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, o magistrado decretou recentemente uma série de medidas, entre elas a prisão de executivos de grandes empresas que, segundo as investigações, estariam envolvidos em crimes de corrupção e formação de cartel", assinala o texto da entidade dos juízes federais.
"Vale destacar que as decisões tomadas pelo juiz federal Sérgio Moro no curso desse processo são devidamente fundamentadas em consonância com a legislação penal brasileira e o devido processo legal", assinala a nota.
Ainda segundo o texto, no exercício de suas atribuições constitucionais, Sérgio Moro 'tem demonstrado equilíbrio e senso de justiça'. As medidas cautelares, aplicadas antes do trânsito em julgado do processo criminal, estão sendo tomadas quando presentes os pressupostos e requisitos legais, destaca a nota da Ajufe.
A entidade ressalta que 'a quase totalidade' das decisões de Moro não foram reformadas pelas instâncias superiores.
"A Ajufe manifesta apoio irrestrito e confiança no trabalho desenvolvido com responsabilidade pela Justiça Federal do Paraná a partir da investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal", finaliza o texto, subscrito por Antônio César Bochenek, presidente da Associação dos Juízes Federais..