A OAB destaca que assim como ocorre em todos os casos referentes à execução de ordem de busca e apreensão em locais de trabalho de advogados, a entidade é acionada por exigência da lei. Neste episódio, um membro da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB SP foi ao escritório de uma das empresas alvo das buscas, na condição de proteger as prerrogativas profissionais de advogados eventualmente violadas. "Em nada a atuação deste plantonista destacado pela Ordem tem vínculo com a defesa da empresa ou de pessoas investigadas", esclarece a entidade na nota.
De acordo com a OAB, quando chegaram ao Departamento Jurídico da Empresa, os agentes que cumpriam o mandado de busca e apreensão consultaram o juiz que acompanha a Operação Lava Jato e receberam nova orientação. "Determinou a autoridade judiciária que fossem separados os e-mails de caráter profissional dos advogados daqueles de caráter corporativo, coletando apenas os últimos. Como o grande volume de mensagens impossibilitou a triagem no local, a integralidade foi extraída e lacrada para posterior deliberação do juiz."
A entidade esclarece ainda que ao defender as prerrogativas profissionais da advocacia, coloca-se "a favor da ordem jurídica do Estado Democrático de Direito e das garantias constitucionais em nada buscando prejudicar ou obstruir o avanço de investigações de casos de corrupção e outros crimes". E conclui dizendo que o que a OAB-SP pretende é apenas o estrito e fiel cumprimento da lei..