Feliciano convida "ex-gays" para audiência de Direitos Humanos na Câmara

O pastor afirmou que "ex-gays" sofrem mais preconceitos que homossexuais na sociedade e que "homossexualidade se tornou modismo"


Feliciano convidou cinco pessoas para falar sobre como deixaram de ser homossexuais - Foto: Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados recebeu, na tarde desta quarta-feira, psicólogos, pastores e "ex-gays" em audiência pública para discutir a "cura gay". A sessão foi convocada pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que declarou hoje que "homessexualidade se tornou modismo".

O pastor convidou cinco homens "ex-gays" para contarem suas histórias de vida. Feliciano declarou, inclusive, que os "ex-gays" sofrem mais preconceito na sociedade que os homossexuais. Todos os convidados do pastor afirmaram terem sido violentados na infância ou adolescência.

O pastor Robson dos Santos Alves, 42 anos, foi um deles: "A verdade é que nunca fui gay", desabafa. Para o pastor, "a maioria dos consultórios psicológicos é uma fábrica de homossexuais". Por outro lado, o vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia, Rogério Ferreira da Silva, declarou em sua fala que não cabe ao profissional "elaborar um tratamento para algo que não é considerado doença”, se referindo à chamada "cura gay".

 

Para Silva, psicólogos não devem exercer a prática pautados por ideologias religiosas ou sexuais. A audiência pública começou por volta das 14h30 e, até às 18 horas, deputados ainda discursavam. OMS A palavra "homossexualismo", algumas vezes dita nesta tarde, deixou de ser utilizada em 1990, há 25 anos, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou o termo da lista internacional de doenças.

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