"O Senado vai aguardar que a medida chegue aqui para gente aprofundar o debate e dar um definitivo encaminhamento com relação a essa questão que é crucial para a sociedade brasileira. Com bom senso, com equilíbrio, com a questão fiscal colocada acima de qualquer outra questão. Vamos aguardar que a matéria chegue, reunir todos, ouvir as lideranças, e afinal complementar o processo legislativo", afirmou o presidente do Senado nesta quinta-feira, 25, após chegar de um encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
A fala de Renan - logo após a visita ao Planalto - demonstra uma sutil mudança de postura dele. Os dois estavam em rota de colisão nos últimos meses desde que Renan teve importantes aliados retirados de cargos-chave no governo Dilma. Nos bastidores, o peemedebista acusou o governo de estar por trás da inclusão do nome dele na lista de investigados na Operação Lava Jato.
Para o presidente do Senado, é fundamental aprofundar o debate para que não se cometam "equívocos". Ele não quis responder se considera a decisão um erro, como disse mais cedo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O custo extra da iniciativa aprovada pela Câmara é estimado em R$ 9,2 bilhões por ano. A emenda foi incluída na Medida Provisória 672, enviada pelo Executivo para prorrogar as regras de reajuste do mínimo até 2019.