A visita ocorre quase uma semana depois da ida frustrada de um grupo de oito senadores, a maioria de oposicionistas, à Venezuela. A comitiva anterior não conseguiu cumprir o itinerário de visitas a presos políticos e retornou no mesmo dia ao Brasil.
"Recebi notícias de que missão chapa branca não encontrou nenhum engarrafamento, foram recebidos com toda a liturgia, um número incontável de batedores, tapete vermelho, tiveram todo apoio do Itamaraty e conseguiram acesso a todos os lugares onde haviam marcado suas audiências. Bem diferente da nossa situação em que ficamos aprisionados, sitiados e fomos agredidos por manifestantes", criticou o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), partícipe da comitiva anterior.
Outro integrante do grupo da semana passada, o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), afirmou ser "óbvio" o tratamento diferente que a nova comitiva recebeu.
"A nossa ação foi humanitária e de restituição de princípios democráticos. Não fomos recebidos como a comitiva governista porque o governo da Venezuela reage àquilo que nós defendemos. Mas só a repercussão da nossa ida a Caracas foi, do ponto de vista democrático, proveitosa", destacou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), que também esteve na viagem da semana passada.
Os oposicionistas dizem que a viagem cumpriu a missão de provocar a marcação das eleições gerais legislativas na Venezuela, previstas para ocorrer no dia 6 de dezembro, e encerrar a greve de fome do líder oposicionista Leopoldo López..