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Estado de Minas

Entidades repudiam prisão preventiva de ex-diretor da Odebrecht


postado em 25/06/2015 22:19

São Paulo, 25 - O Instituto de Defesa do Direito de Defesa - IDDD, o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - IBCCRIM e o Movimento de Defesa da Advocacia - MDA divulgaram comunicado nesta quinta-feira, 25, repudiando a decisão do juiz Sérgio Moro em decretar, na quarta-feira, dia 24, a prisão preventiva do executivo Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht.

Ele foi preso em regime temporário, por cinco dias, na sexta-feira, 19, na 14ª fase da Operação Lava Jato, sob suspeita de integrar cartel de empreiteiras na Petrobras. Moro converteu a prisão do executivo de temporária em preventiva, sob alegação de risco de que Alexandrino se junte ao outro subordinado da Odebrecht, Bernardo Schiller Freiburghaus, para destruir provas e refugiar-se, no exterior, da Justiça brasileira.

Na nota conjunta, as entidades destacam trecho do despacho de Moro para justificar a decretação da prisão preventiva do executivo Alexandrino Alencar, em que o juiz destaca que a Odebrecht, "com todos os seus amplos e bilionários recursos e com equivalente responsabilidade política e social, não tem qualquer intenção de reconhecer a sua responsabilidade pelos fatos".

E alegam que "causa perplexidade que, em pleno caminhar das investigações, o juiz que ainda deverá sentenciar os investigados já se mostre convencido de uma versão, e, pior, tome como afrontosa qualquer manifestação cujo conteúdo contrarie sua convicção".

Ainda nas críticas, o IDDD, o IBCCRIM e o MDA diz que "o juiz usa métodos coercitivos, como a prisão, para penalizar a livre manifestação de pensamento divergente do seu". E invocando o ministro do STF Celso de Mello, afirmam que "o juiz há de ser um estranho ao conflito", principalmente quando a causa ainda se encontra em plena fase investigatória. E encerram o comunicado, destacando: "Triste do país que precisa lançar mão de ataques tão violentos ao Estado de Direito para combater males que historicamente nos assolam, como a corrupção."


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