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Estado de Minas

Fux diz que juízes não devem ignorar opinião pública em suas decisões

O ministro do Supremo citou o exemplo do julgamento em que o STF permitiu o casamento civil de pessoas do mesmo sexo, cuja legalização foi mal recebida por parte da sociedade, em 2011


postado em 26/06/2015 14:28 / atualizado em 26/06/2015 14:57

(foto: Nelson Jr./SCO/STF)
(foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux afirmou nesta sexta-feira que os juízes não devem ignorar a opinião pública ao exercerem sua prerrogativa de serem contramajoritários em suas decisões. Fux participou do I Encontro Nacional pela Paz no Futebol, promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

"Nenhum juiz tem o direito de bater no peito e dizer que não liga para a opinião pública, porque todo poder emana do povo e em seu nome é exercido", disse Fux, que defendeu que a liberdade de contrariar a opinião majoritária deve ser usada em favor da própria sociedade, para definir a constitucionalidade de leis votadas no Congresso e para garantir a proteção de minorias.

"Não aceito colega que bate no peito e diz que julga independentemente do que a opinião pública pensa. Depende. Não é isso que é a posição contramajoritária dos tribunais. Somos contramajoritários quando o que vem da casa do povo, da Câmara, é uma manifestação normativa que se choca com a Constituição, e temos que declarar inconstitucional", disse.

Fux citou o exemplo do julgamento em que o STF permitiu o casamento civil de pessoas do mesmo sexo, cuja legalização foi mal recebida por parte da sociedade, em 2011. "Verificamos que a homoafetividade não era nem uma doença nem uma opção da pessoa", disse o ministro, acrescentando que “autorizamos porque aquilo era um traço de personalidade. Estávamos assistindo diuturnamente na televisão cenas de homofobia."

Com Agência Brasil 


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