O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi levado na noite dessa sexta-feira (26/6), ao Hospital do Coração do Brasil, em Brasília – as primeiras informações indicavam suspeita de embolia pulmonar. Por volta de 1h20 da madrugada de sábado (27/6), contudo, o ministro deixou o hospital, em um carro oficial. Ele acenou para os jornalistas e disse que estava tudo bem. A assessoria do ministério confirmou que Levy mantém a agenda com a presidente Dilma Rousseff neste fim de semana.
Quem acompanha o dia a dia do ministro chama a atenção pelo excesso de horas que ele tem trabalhado. Há dias em que chega ao ministério por volta das 8h da manhã e só vai para casa depois das 2h da madrugada. Levy assumiu não só o comando da economia, mas também as negociações com o Congresso para aprovar o ajuste fiscal. Não tem tido um dia de descanso. Mesmo nos fins de semana se dedica a desatar nós no governo.
A saúde do ministro já deu sinais de que não andava bem em 22 de maio, quando o governo anunciou o plano de contingenciamento de recursos do Orçamento, de R$ 69,9 bilhões. Ele não compareceu à entrevista coletiva que detalharia o corte de gastos. A ausência dele provocou fortes ruídos no governo e no mercado, pois foi interpretada como um gesto de descontentamento, já que defendia um arrocho maior para garantir o cumprimento da meta de superavit de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 66,3 bilhões. Na ocasião, Levy alegou uma forte gripe para justificar a ausência.
A presidente Dilma acompanhou todos os movimentos do ministro quando ele se dirigia ao hospital e fez questão de receber relatos constantes sobre a saúde do subordinado. Pessoas próximas ao ministro garantem que o estado de saúde dele é bom.
Entenda
A embolia pulmonar é causada pelo bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões por coágulos que, na maioria das vezes, formam-se em veias profundas e são liberados na circulação sanguínea.