"Ele tem se queixado que não há um petista que suba à tribuna para defender o partido. Não há ninguém criticando os excessos da Lava Jato", afirma uma fonte do partido. A estratégia de Lula, no entanto, enfrenta resistências, uma vez que aliados não querem se desgastar perante a opinião pública, já refratária ao partido.
Outro ponto que tem incomodado o ex-presidente e que azeda ainda mais a relação com sua sucessora é o fato de Dilma ter limitado a influência dos ministros Jaques Wagner (Defesa) e Ricardo Berzoini (Comunicações) no núcleo duro de tomada de decisões do Palácio do Planalto.
Em outra frente, Lula deve cobrar uma nova agenda do PT no Legislativo. Segundo interlocutores, ele considera que a sigla precisa pensar no "pós-ajuste fiscal" e defender avanços alcançados durante os governos petistas. Um dos alvos é o Plano Nacional de Educação (PNE), que, segundo Lula tem dito a petistas, precisa ganhar amplo destaque na pauta do partido no Congresso..