Ministros e senador do PSDB pedem ao STF acesso à delação de empreiteiro

Estado de Minas
Os ministros Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), entraram nesta segunda-feira com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para terem acesso ao acordo delação do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, investigado na Operação Lava-Jato.


Os documentos foram protocolados no Supremo após a divulgação de reportagem da revista Veja, veiculada no último fim de semana. Segundo a publicação, Pessoa teria citado, em acordo de delação premiada, o nome de 18 pessoas que receberam contribuições dele.

Após a divulgação, Edinho Silva e Mercadante negaram ter recebido doações ilegais, em dinheiro, do empreiteiro. Pessoa ficou preso durante quatro meses pelas investigações da Lava-Jato.

Edinho Silva, que atuou como tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014, confirmou que recebeu R$ 7,5 milhões, mas ressaltou que em doações lícitas, conforme prevê a legislação.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, confirmou que recebeu dois pagamentos de R$ 250 mil, da UTC e da Constran, para sua campanha ao governo de São Paulo, em 2010. Disse, no entanto, que os valores foram recebidos de forma legal e declarados à Justiça Eleitoral, que aprovou a prestação de contas. A direção do PT também reafirmou que todas as doações recebidas pelo partido são legais e registradas na Justiça Eleitoral.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) reconhece que recebeu a quantia para a sua campanha eleitoral ao Senado, em 2010. Ele destacou que o valor foi legalmente declarado à Justiça Eleitoral. O senador afirma que não conhece o empreiteiro e que não tem nada a esconder.
“Nunca fui procurado por Ricardo Pessoa, nem antes e nem depois da campanha, para patrocinar pleitos junto à Petrobras, uma vez que, entre outras razões, é pública e notória a minha frontal oposição ao governo petista, à sombra do qual esse senhor prosperou.