Os documentos foram protocolados no Supremo após a divulgação de reportagem da revista Veja, veiculada no último fim de semana. Segundo a publicação, Pessoa teria citado, em acordo de delação premiada, o nome de 18 pessoas que receberam contribuições dele.
Após a divulgação, Edinho Silva e Mercadante negaram ter recebido doações ilegais, em dinheiro, do empreiteiro. Pessoa ficou preso durante quatro meses pelas investigações da Lava-Jato.
Edinho Silva, que atuou como tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014, confirmou que recebeu R$ 7,5 milhões, mas ressaltou que em doações lícitas, conforme prevê a legislação.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, confirmou que recebeu dois pagamentos de R$ 250 mil, da UTC e da Constran, para sua campanha ao governo de São Paulo, em 2010. Disse, no entanto, que os valores foram recebidos de forma legal e declarados à Justiça Eleitoral, que aprovou a prestação de contas. A direção do PT também reafirmou que todas as doações recebidas pelo partido são legais e registradas na Justiça Eleitoral.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) reconhece que recebeu a quantia para a sua campanha eleitoral ao Senado, em 2010. Ele destacou que o valor foi legalmente declarado à Justiça Eleitoral. O senador afirma que não conhece o empreiteiro e que não tem nada a esconder.