A medida atende à solicitação da comissão que já ouviu os delatores e os réus em separado, e agora pretende confrontá-los. Os primeiros a serem confrontados na Câmara, no próximo dia 8, serão o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, a quem Barusco era submetido. Segundo o delator, a diretoria cobrava ao menos 2% do valor total dos contratos da estatal como propina que era dividida da seguinte forma: 1% para o PT, por meio do ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto e 1% para a “casa”, referência utilizada para ele e Duque. O ex-diretor da Petrobras vem negando irregularidades e ficou em silêncio em sua audiência na CPI.
Em seguida, no dia 9, serão ouvidos Pedro Barusco e Vaccari. Em seu primeiro depoimento na CPI, Barusco reafirmou o que já havia dito em sua delação e, a partir da divisão da propina, estimou que o PT teria recebido até US$ 200 milhões do esquema entre 2003 e 2013. Na ocasião, contudo ele afirmou não saber como Vaccari operacionalizava a propina e não deu mais detalhes sobre ela. O ex-tesoureiro também vem negando irregularidades.
Por fim, no dia 6 de agosto serão ouvidos o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que participaram de uma acareação na Polícia Federal recentemente.