A defesa do governador Fernando Pimentel apresentou nessa segunda-feira (29) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido para que seja apurado o vazamento de informações para a imprensa da Operação Acrônimo, que na semana passada efetuou ações de busca e apreensão em locais ligados ao governador e à primeira-dama, Carolina Oliveira. “Os vazamentos foram feitos de maneira dolosa ao governador com o objetivo de instrumentalizar o Poder Judiciário”, entende a defesa de Pimentel.
Nessa segunda-feira, o PSDB divulgou uma nota com críticas às ações dos petistas: “Se confirmada a iniciativa do governador Fernando Pimentel de tentar acuar a Polícia Federal nas investigações que apuram crimes de Caixa 2 e de lavagem de dinheiro envolvendo seu núcleo de relacionamento pessoal e político, conforme noticia a imprensa, será motivo de vergonha para Minas Gerais e tal ato deverá ser contestado por todos no país que esperam ver a corrupção varrida da vida nacional”. Para os tucanos, recorrer ao ministro da Justiça, remete aos tempos do coronelismo e censura. “Trata-se de um ato inaceitável e que reforça a importância de que as investigações da Operação Acrônimo ocorram em profundidade, com independência e autonomia, doa a quem doer”, detalha a nota.
A 2ª fase da Operação Acrônimo deflagrada pela PF teve 19 mandados de busca e apreensão em Brasília (10), Minas Gerais (6 em Belo Horizonte e 1 em Uberlândia), São Paulo (1) e Rio de Janeiro (1).