Concluir a visita com uma declaração forte sobre o assunto é prioritário para Obama, que pretende deixar um legado em torno do combate ao aquecimento global.
Dilma indicou ontem que poderia ir além e aceitar o anúncio de metas de redução de emissões, algo que os americanos gostariam de ver.
A expectativa é que a presidente Dilma anuncie como meta acabar com o desmatamento ilegal em dez anos. No encontro, Dilma pretende antecipar também alguns pontos do plano de contribuição voluntária para conter o aquecimento global. A expectativa era de que essas contribuições fossem informadas apenas em outubro, quando os países vão apresentar suas reduções voluntárias.
O Brasil ainda não apresentou seus compromissos de corte de emissões para a conferência e resistia a fazer isso no âmbito de uma reunião bilateral com os Estados Unidos. Os americanos pressionam para que a visita de Dilma termine com um anúncio semelhante ao realizado no ano passado por EUA e China, os maiores poluidores do mundo. Durante viagem de Obama a Pequim, os dois países assumiram o compromisso de reduzir emissões de gases que provocam o efeito estufa.
Mas integrantes do governo observam que não faz sentido o Brasil apresentar um compromisso multilateral em uma visita de Dilma aos EUA.
Os dois presidentes terão uma reunião de trabalho na manhã de hoje, na Casa Branca.
Também deve ser adotada uma série de medidas de simplificação e facilitação do comércio bilateral. Na estimativa do governo brasileiro, as mudanças têm potencial de elevar em 10% os embarques do Brasil para a maior economia do mundo. Em 2014 o comércio bilateral foi de US$ 62 bilhões, uma fração dos quase US$ 600 bilhões registrados entre EUA e China.
Cooperação em educação e ciência e tecnologia será tema de alguns dos acordos a serem anunciados, o que reflete a visão do governo Dilma de que os EUA são fundamentais para fomentar a inovação no Brasil. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..