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Estado de Minas

Cardozo cobra procurador-geral por 'vazamento' de delação

O ministro foi enquadrado pelo PT pelos vazamentos na Lava-Jato e na Operação Acrônimo, envolvendo políticos do partido


postado em 30/06/2015 09:31 / atualizado em 30/06/2015 09:53

Ministro José Eduardo Cardozo se reuniu com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para questionar os motivos do vazamento de informações da delação, que por lei são sigilosas até a apuração das denúncias do delator
Ministro José Eduardo Cardozo se reuniu com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para questionar os motivos do vazamento de informações da delação, que por lei são sigilosas até a apuração das denúncias do delator

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniu nessa segunda-feira, 29, com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para cobrar os "vazamentos" da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, na Operação Lava-Jato. O ministro foi enquadrado pelo PT pelos vazamentos na Lava-Jato e na Operação Acrônimo, envolvendo políticos do partido.

Cobrado, Cardozo transmitiu a reclamação do PT a Janot, responsável pelas investigações da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça. Após o encontro com Janot, a agenda de Cardozo foi atualizada, e foi incluído um encontro com o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski.

Pela manhã, na agenda do presidente da Corte constava apenas compromissos em São Paulo, mas ela foi retirada do ar no fim da tarde. Questionada, a assessoria do STF disse que a agenda estava incorreta e que o presidente permaneceu em Brasília.

A assessoria confirmou o encontro e disse que ele ocorreu de "última hora", após pedido do ministro.

O STF nega que Cardozo tenha cobrado o vazamento da delação de Pessoa, homologado pelo ministro Teori Zavascki. Segundo a assessoria, o ministro foi à Corte tratar do reajuste de servidores do Judiciário.

Em março, outro encontro entre Cardozo e Janot causou polêmica por ter ocorrido às vésperas do envio ao STF da lista de políticos alvo da Lava-Jato. Na ocasião, a justificativa oficial do encontro foi um debate sobre medidas de combate à corrupção. Posteriormente, foi divulgado que o tema tratado foi a segurança do procurador-geral. Os dois negaram que a conversa tenha girado em torno da Operação Lava-Jato.


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