Brasília - O relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ), disse nesta terça-feira, 30, que não recebeu doações ilegais do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, e que não se sente constrangido por ter sido mencionado pelo delator da Operação Lava Jato. "O que recebi das empresas, recebi legalmente", declarou.
Luiz Sérgio disse que ficou lisonjeado por ser classificado pelo empreiteiro como um importante interlocutor social. O petista disse que conhecia o empresário porque eles tinham escritório no mesmo prédio. "Ele nunca me pediu nada. E o que mais teve lá (em Angra dos Reis) foi greve", enfatizou.
Oitivas
A defesa de Pessoa informou ontem à CPI que o empresário ainda não pode falar à comissão porque o conteúdo da delação premiada não foi publicado. O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), queria marcar sua oitiva para esta semana e, por isso, solicitou informações ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a alegação da defesa. "Estamos tardando (para marcar a oitiva) para que ele não tenha o direito de optar pelo silêncio", justificou Motta.
Nesta manhã a CPI da Petrobras retoma sua agenda de atividades após uma semana de paralisação em virtude das festas juninas no Nordeste. Serão ouvidos em instantes Pedro Aramis de Lima Arruda (ex-gerente de Segurança Empresarial da Petrobras), Paulo Teixeira Brandão (presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados, Pensionistas e Anistiados do Sistema Petrobras) e de Fernando Leite Siqueira (vice-Presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras).