Prefeito de Mariana demite 90 funcionários comissionados

Localizada na Região Central de Minas, Marina tem 53 mil habitantes, dos quais 2.589 servidores públicos. Desse total, 450 deles ocupam cargos comissionados

Alessandra Mello
A Prefeitura de Mariana exonerou nessa quinta-feira (1º) 90 funcionários comissionados.
A cidade, com 53 mil habitantes, tinha 2.589 servidores, 450 deles ocupantes de cargo em comissão. Segundo o novo prefeito, Duarte Júnior (PPS), que nessa quinta-feira anunciou uma série de medidas de redução de gastos, a folha de pessoal da cidade consome 52% de todo o orçamento do município. Duarte afirma que a prefeitura arrecada mensalmente R$ 19 milhões e gasta R$ 25 milhões. “Temos um rombo nas contas de R$ 6 milhões”, afirma Duarte, que assumiu o comando de Mariana no dia 10 de junho, depois que o antigo prefeito, Celso Cota (PSDB), foi afastado do cargo por decisão judicial, em função de condenação por abuso de poder econômico e político.

Para economizar, o prefeito também cortou o vale-refeição dos funcionários ocupantes de cargos comissionados e contratados que recebem salário acima de R$ 2 mil, e suspendeu o recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Ele anunciou ainda a fusão de algumas secretarias.

Duarte, que era vice-prefeito de Cota, disse que a principal razão para a queda da arrecadação foi a drástica redução do repasse de recursos enviados pelo governo federal, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além da redução da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Juntos, os três impostos representam mais de 85% da arrecadação de Mariana.

Embora sua situação na prefeitura seja incerta, Duarte disse que vai tomar as medidas que achar necessárias enquanto estiver no comando. A permanência dele na prefeitura não é garantida.
Ele pode ser afastado se a Justiça eleitoral entender que a cassação de Cota se estende para toda a chapa. Nesse caso, o presidente da Câmara pode assumir ou pode ser convocda nova eleição. Sua permanência no cargo já foi contestada por Cota, que ainda tenta retomar o comando do município..