O requerimento para a realização da audiência pública, aprovado na última terça-feira pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, prevê o convite a outras cinco autoridades: o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams; o procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marcelo Oliveira; o especialista em contas públicas Mansueto Almeida; o auditor do TCU Antônio Carlos Costas Dávila Carvalho Junior; e o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco.
No último dia 17, em decisão inédita, o TCU fixou prazo de 30 dias para que a presidente explique pessoalmente, por ofício, irregularidades de R$ 281 bilhões encontradas no balanço apresentado pelo governo federal em 2014, entre elas as chamadas "pedaladas fiscais", no valor de R$ 37,1 bilhões.
De acordo com o ministro, essas distorções "têm um impacto econômico bastante relevante" devido aos efeitos sobre o mercado financeiro, à perda de credibilidade do País e especialmente à questão de investimentos, que foram diminuídos para este ano. "Isso impactou toda a economia", disse.
Ele também esclareceu que suas férias não vão interferir no cronograma do TCU. Nardes lembrou que o governo só deve se manifestar próximo do dia 22 de julho. "(O prazo) começa a contar depois que receberam a notificação, o que ocorreu em 22 de junho, então eu já estarei de volta", explicou.
Depois da manifestação da presidente, os ministros do TCU vão dar o parecer final sobre a aprovação ou reprovação das contas, que será encaminhado ao Congresso.