O rastreamento do dinheiro dos empreiteiros e de outros investigados está sendo executado pelo Banco Central, via Sistema Bacenjud - instrumento de comunicação eletrônica entre o Poder Judiciário e as instituições financeiras bancárias que mapeia contas sob suspeita.
Os valores congelados são deslocados para uma conta judicial e ficam sob custódia até a sentença. Ao final do processo, o dinheiro pode ser revertido em favor da União ou devolvido ao suspeito. O saldo tornado indisponível é parcial. A busca por mais valores prossegue.
O bloqueio ordenado por Moro alcançou, além de Odebrecht e Otávio Azevedo, os diretores Rogério Santos de Araújo, Mário Faria da Silva, César Ramos Rocha, da Odebrechet; os executivos Elton Negrão de Azevedo Júnior e Antônio Pedro Campelo de Souza, da Andrade Gutierrez; Paulo Roberto Dalmazzo - ex-executivo da Andrade Gutierrez -; o empresário João Antônio Bernardi Filho, que integrava o quadro social da Hayley do Brasil, e o funcionário da Petrobrás Celso Araripe de Oliveira. O montante bloqueado de todos os executivos chegou, por enquanto, a R$ 20.756.715,55.
No despacho que determinou as prisões, Moro havia determinado o bloqueio de até R$ 20 milhões de cada um dos alvos da Erga Omnes. O sequestro de ativos mantidos nas contas correntes dos executivos havia sido pedido pelo Ministério Público Federal.
A Odebrecht informou que não vai comentar.