Para o tucano, que tem contado com o respaldo da cúpula partidária para elevar o tom das críticas, o PT faz ataques de "desespero" ao PSDB e que não há como piorar ainda mais o Brasil do que os petistas fizeram. Num duro pronunciamento, ele declarou que o governo do PT será limpo com benzina porque é uma "mancha".
Ao defender novamente a saída espontânea de Dilma do cargo, Cássio afirmou que o dono da UTC, Ricardo Pessoa, vai confirmar no próximo dia 14 ao Tribunal Superior Eleitoral que deu dinheiro ilegal para a campanha à reeleição da presidente. Ele citou ainda a investigação das "pedaladas" fiscais no Tribunal de Contas da União e os pedidos de apuração feitos pela oposição no Ministério Público Federal contra Dilma para mostrar que o suposto certo está se fechando.
"Acabou o jogo. O que Dilma poderia fazer? Renunciar ao mandato para termos novas eleições", afirmou ele, ao ressaltar que fala em nome do PSDB. Ele disse que o presidente do seu partido, senador Aécio Neves (MG), não vai assumir o mandato e frisou que os tucanos querem novas eleições presidenciais. Ele mencionou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá disputar o pleito.
O líder do PSDB disse acreditar que, com base em investigações do TSE, a Corte poderá cassar o mandato de Dilma no segundo semestre. E, nessa hipótese, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assumirá temporariamente até serem convocadas eleições gerais.
Para rebater as críticas feitas pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), de ligação da bancada do PSDB da Câmara a Cunha, Cássio disse que ele não é seu aliado e é do PMDB, partido da base do governo.
Para Cássio, Humberto Costa elevou o tom nas críticas porque o "desespero" subiu de patamar. Segundo ele, mencionando a baixíssima aprovação de Dilma registrada pela pesquisa de ontem da CNI/Ibope, as pessoas não apenas rejeitam o governo. Há, na opinião dele, um sentimento de revolta.
Ao fim do pronunciamento, o líder do PSDB destacou ainda o fato de que, até o mês de maio, a União só contribuiu com 12% de todo o esforço para a realização do superávit primário de 2015, mesmo tendo promovido um forte ajuste fiscal. E que, na sua opinião, o governo federal não teve uma participação maior na economia feita para pagar os serviços da dívida porque aqueles que estão no governo "assaltaram o País"..