A defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu entrou nesta sexta-feira com pedido no Supremo Tribunal Federal para ter acesso ao acordo delação do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, investigado na Operação Lava Jato. A motivação do pedido está em matérias jornalísticas que divulgaram supostos pagamentos de Pessoa para a empresa de consultoria do ex-ministro.
Nesta semana, o Supremo rejeitou outros três pedidos de acesso à delação de Pessoa. Os pedidos foram feitos pelos ministros Edinho Silva, Secretaria de Comunicação Social, e Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), após reportagem da revista Veja veiculada no último fim de semana. Segundo a revista, Pessoa citou o nome de 18 pessoas que receberam contribuições dele.
Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2014, confirmou ter recebido R$ 7,5 milhões, mas ressaltou que em doações lícitas, conforme prevê a legislação.
O ministro Aloizio Mercadante confirmou dois pagamentos de R$ 250 mil, da UTC e da Constran, para sua campanha ao governo de São Paulo, em 2010. Ele disse que o dinheiro foi recebido de forma legal e declarado à Justiça Eleitoral.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) reconhece uma doação de R$ 200 mil para sua campanha eleitoral ao Senado, em 2010, mas ressalta que o dinheiro foi legalmente declarado à Justiça Eleitoral.
Com Agência Brasil