A um ano do início da campanha eleitoral para a sucessão da Prefeitura de Belo Horizonte, a disputa está totalmente em aberto. Pesquisa encomendada pelo Estado de Minas ao Instituto MDA mostra que a maior parte dos eleitores ainda não tem um candidato preferido para votar nas eleições municipais. Foram apontados nove nomes possíveis para a disputa e 36,7% dos entrevistados responderam que votariam nulo, em branco ou em nenhum deles. Outros 22,4% disseram estar indecisos. Entre os que escolheram, o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) seria hoje o eleito, com 14,2% das intenções de votos. Empatados em segundo lugar aparecem o deputado estadual João Vítor Xavier (PSDB) e o ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil, que está sem filiação partidária, cada um com 7,9% da preferência.
Na sequência são apontados o presidente da Câmara Municipal, Wellington Magalhães (PTN), com 2,9% das intenções de voto, o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão (PP), com 2,7%, e o vice-prefeito Délio Malheiros (PV), com 2,2%. Completam a lista o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB), que tem hoje 1,8% das intenções de voto, o deputado federal Gabriel Guimarães (PT), com 0,7%, e o secretário de estado de Planejamento e Gestão Helvécio Magalhães (PT), com 0,6%.
O MDA entrevistou 1.000 pessoas entre os dias 27 e 30 de junho em nove regionais de Belo Horizonte e a margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.
No levantamento espontâneo, quando não são dadas opções aos entrevistados, mais da metade dos eleitores, o correspondente a 52,8%, se declararam indecisos. Em seguida, 38,5% responderam que votariam em branco ou nulo, somando mais de 91% que não querem ou não sabem em quem votar. O nome do prefeito Marcio Lacerda (PSB) é lembrado por 2,8% das pessoas, seguido por Leonardo Quintão (PMDB), com 1,1%.
“É um cenário de total desconhecimento do que vai ocorrer no ano que vem e a pesquisa espontânea mostra ainda mais essa indefinição. Há ainda um grande percentual de pessoas que dizem votar em branco ou nulo, que é reflexo da insatisfação com a política. Ou seja, em um momento que ainda nem se viu os candidatos já há essa visão repulsiva”, avaliou o diretor do Instituto MDA, Marcelo Costa Souza. Para o pesquisador, o levantamento favoreceu as pessoas mais conhecidas do eleitorado, pois a discussão sobre a corrida eleitoral ainda está muito incipiente e “demora para chegar à população”.
Conhecimento O MDA também avaliou o grau de conhecimento das pessoas sobre os pré-candidatos apontados. Entre eles, Leonardo Quintão (PMDB), que já concorreu à PBH, é conhecido por 78,4% dos entrevistados. Já 65,8% disseram saber quem é o dirigente esportivo Alexandre Kalil e 44,4% conhecem João Vítor. O secretário Josué Valadão é conhecido por 39,6% dos entrevistados. Outros 36,3% e 34,8% responderam conhecer respectivamente Wellington Magalhães e Délio Malheiros.
Quando foi pedido aos entrevistados para dizer em quem não votariam de jeito nenhum, o dirigente do Atlético Alexandre Kalil foi apontado por 38,3% dos consultados. Em seguida aparece Leonardo Quintão, que não tem chances de ser a opção de 35,1%. Os pré-candidatos com menores índices de rejeição são Rodrigo de Castro (15,8%) e Gabriel Guimarães (15%).
Avaliação A pesquisa também consultou os entrevistados sobre a satisfação com a atual administração da prefeitura. Para 27,8%, a capital está no rumo certo, enquanto 45% avaliam que não, sendo preciso mudanças. Outros 26% responderam que BH está em parte no caminho certo e 1,2% não souberam ou não responderam. Na avaliação de evolução da cidade nos últimos dois anos, 30,4% acreditam que houve pouca melhora. Para 25,2% está igual e para 20,5% piorou muito. Outros 14,1% disseram que a cidade piorou um pouco e apenas para 9,3% Belo Horizonte melhorou muito. Não soube ou não quis responder 0,5% dos entrevistados. .