Tucanos estão reunidos neste domingo na convenção nacional do PSDB, em Brasília, para reconduzir o presidente da legenda, o senador Aécio Neves, ao cargo por mais dois anos.
O senador disse que a gestão da petista é mais frágil do que o governo de João Goulart, o Jango, que antecedeu a instalação do regime militar no Brasil. “E o Jango em 1964? Ele era de uma solidez granítica perto do governo Dilma”, afirmou. “O governo tem que ir à frente dos acontecimentos e hoje eles nem sabem o que está acontecendo no Brasil. Não é o Congresso que está atrapalhando o país, é o Executivo”, disse Serra, que reforçou que o PT tem se transformado no principal vetor de enfraquecimento do governo.
O senador defendeu o parlamentarismo como forma de Brasil sair da crise política e afirmou que negociará junto a diretoria do partido a abertura de debate sobre o assunto. “Esse (parlamentarismo) é o sistema do executivo forte, porque o governo tem a maioria no Congresso. Já o presidencialismo é o governo do antagonismo, o processo é sempre traumático e paralisa o país, joga o Brasil para o atraso”, disse.
Serra esclareceu que a proposta não é usar o parlamentarismo como “fórmula de emergência”, mas que o sistema seja implantado a partir de 2018. Presidentes de partidos aliados enfatizaram a crise política e econômica pela qual o país atravessa.
O presidente do PPS, Roberto Freire, disse que é preciso que a oposição e, em especial, o PSDB se prepare caso a presidente Dilma Rousseff (PT) sofra um processo de impeachment por causa irregularidades nas contas públicas, entre elas as “pedaladas fiscais”. “Se o Congresso tiver que enfrentar a rejeição das contas, isso pode dar impeachment.