Vislumbrando um cenário econômico pior nos próximos meses, os líderes falam em "união" e pregam uma atuação conjunta. "É mais que um pacto, tem de ter um trabalho (de articulação) coordenado", defendeu o presidente do PSD, Guilherme Campos.
Os líderes PP, PR e PSD condenaram a aproximação entre peemedebistas e tucanos em um possível governo comandado pelo vice-presidente Michel Temer. Ao contrário do que afirmam alguns caciques do PMDB, os líderes dizem que Temer demonstra estar confortável na articulação política e que é preciso união para superar o período de crise de credibilidade do governo. "Não podemos colocar mais dúvida na governabilidade, não podemos querer desestabilizar o Brasil. Temos de ter responsabilidade com nossas atitudes. Não podemos jogar no quanto pior melhor", destacou Fonte.
Sobre a possibilidade de a crise gerar um pedido de impeachment, os líderes dizem que o quadro do momento não legitima um possível afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Na avaliação dos líderes, é preciso aguardar os desdobramentos dos processos que tramitam contra o governo Dilma em outras esferas (como a análise das pedaladas fiscais em curso no Tribunal de Contas da União e da ação por abuso de poder econômico e político no Tribunal Superior Eleitoral) para só depois reavaliar o apoio ao Palácio do Planalto. "Hoje não tem fato concreto (pelo impeachment), mas se o fato surgir, aí é outro quadro", afirmou Quintella..