Pelo chamado "Orçamento Impositivo", o governo já é obrigatório executar as emendas parlamentares individuais, no limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) do ano anterior. O texto recém-avalizado pela CCJ segue a mesma lógica, agora para as emendas coletivas (como as de bancada e de comissão), mas estabelece uma proporção menor: 1% da RCL.
"Esse porcentual baseia-se no valor destinado às emendas coletivas na LOA (Lei Orçamentária Anual) 2015 e corresponde, aproximadamente, a R$ 8 bilhões", escreve o autor da PEC, deputado Hélio Leite (DEM-PA), na justificativa.
Há ainda na redação um dispositivo que permite ao Executivo congelar essas emendas na mesma proporção do corte aplicado pelo governo nas despesas discricionárias. O governo tradicionalmente não paga as emendas coletivas.
Na prática, a extensão da execução obrigatória para as emendas coletivas engessa ainda mais o orçamento federal e limita poderes da União..