As trocas de comando na Superintendência de Administração Penitenciária continuam dando dor de cabeça para a Secretaria de Defesa Social (Seds). A substituição do subsecretário de Administração Prisional, o procurador Antônio de Padova, pelo coronel Edilson Ivair Costa, anunciada com exclusividade pelo Estado de Minas, desagradou os agentes penitenciários, que não aceitam a indicação de um militar para o cargo. Na segunda-feira, uma assembleia com indicativo de greve foi convocada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários para tratar da nomeação e de pauta de reivindicações da categoria. Os agentes pedem a divulgação de um cronograma de construção de presídios para amenizar o problema da superlotação, a nomeação dos aprovados no concurso de 2012, a agilização do processo de seleção de agentes, e testes para que quem já está na ativa possa andar armado.
A disputa, que tem como pivô movimento liderado pelo deputado, foi um dos motivos para a saída de Padova do cargo. Presidida por Júlio Costa, aliado do deputado Cabo Júlio, a Amaf vinha fazendo pressão para que Padova exonerasse seu chefe de gabinete, Samuel Marcelino, que também trabalhou na Suapi na gestão passada. Quem acabou demitido foi um agente penitenciário, Luiz Fernando de Souza, ligado à entidade, que dirigia a Superintendência de Segurança Prisional. Nessa quarta-feira (8), ele foi nomeado diretor do Presídio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves. Marcelino pediu demissão junto com Padova. Júlio não foi localizado em seu celular para comentar as mudanças. O deputado, por meio de nota, disse que nada tem a ver com demissões e nomeações e que elas são de responsabilidade do governo.