O veto sobre a Medida Provisória 672, que determina a prorrogação da fórmula de cálculo do salário mínimo e o extende a regra às aposentadorias e pensões, ainda não foi decidido pelo Executivo. Essa é ao menos a garantia da presidente Dilma Rousseff, que nessa quinta-feira, 9, comentou a decisão do Senado durante sua viagem a Ufá, na Rússia, onde participou da cúpula dos BRICS.
A decisão representa mais uma derrota para o governo, já que o impacto da medida, estimado em R$ 9,2 bilhões, é considerado insustentável para o programa de ajuste fiscal comandado pelo Ministério da Fazenda. Ainda assim, a presidente não quis anunciar desde já, na Rússia, se pretende de fato vetar a medida, como indicou o líder do PT no Senado, Delcídio Amaral. "Eu não discuto veto assim, porque o veto tem implicações. Tenho de olhar toda a lei, ver do que se trata", argumentou. "Ainda não avaliei completamente isso e não vou poder dar agora uma resposta."
A presidente antecipou, no entanto, que a tendência é pelo veto. Segundo Dilma, a situação é similar à do Código Florestal, texto aprovado em 2012 pelo Legislativo e que sofreu nove vetos por parte do Executivo. Vou lembrar do Código Florestal. Muitas vezes nós vetamos, mas vetamos e botamos uma proposta na mesa. Vou dar outro exemplo: fator previdenciário. Vetamos e botamos uma proposta na mesa", afirmou a presidente.