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Estado de Minas

Nomura diz que probabilidade de impeachment subiu para entre 20% e 25%


postado em 09/07/2015 18:19

São Paulo, 09 - A probabilidade de um impeachment da presidente Dilma Rousseff subiu para entre 20% e 25% atualmente na avaliação da Nomura Securities. Em relatório divulgado nesta quinta-feira, 9, assinado pelo economista João Pedro Ribeiro, a instituição afirma que os acontecimentos das últimas três semanas elevaram a chance de um impeachment da mandatária. "A política brasileira tende a ser confusa, por isso é difícil atribuir probabilidades, mas estimamos que a chance de um impeachment subiu para 20%-25%, de cerca de 10% no começo de 2015", diz o texto.

O relatório destaca que o processo de impeachment presidencial não é somente uma questão legal, mas também política, mas ambas as situações têm se deteriorado no que diz respeito ao governo. O economista que a consultoria não atribui uma probabilidade maior ao cenário de impeachment por duas razões. Em primeiro lugar, há o front político. Seria mais vantajoso para a oposição - que também está envolvida em denúncias que estão vindo à tona - fragilizar a presidente, diminuindo seu apoio e forçando-a constantemente a adotar decisões impopulares, para facilitar assim o caminho para a mudança de governo em 2018.

Em segundo lugar, a Nomura lembra que a presidente ainda não foi condenada. "A interpretação mais comum na legislação brasileira é de que a presidente deve ser considerada culpada por irregularidades no atual mandato para que ocorra o impeachment. Mesmo que isso não seja um entrave, e há diversas interpretações, é um obstáculo", afirma o relatório.

O texto lembra que é difícil apontar datas-chave para acompanhar o caso, porque muitos eventos importantes não têm um calendário definido. "No curto prazo, destacamos a terceira semana de julho, quando o TCU (Tribunal de Contas da União), que vai julgar as contas fiscais de 2014, vai ouvir a defesa do governo", avalia o economista.

Por fim, o relatório aponta que a instabilidade política traz muitas incertezas e riscos para a gestão da economia. "Mesmo que o impeachment se torne realidade, não trabalhamos com um cenário de agitação social ou qualquer tipo de crise que afete o controle das instituições", observa a Nomura.


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