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Estado de Minas

Cúpula do PMDB se reúne no Rio nesta sexta-feira


postado em 10/07/2015 12:31 / atualizado em 10/07/2015 12:35

Rio de Janeiro - Deputados federais do PMDB participam de uma visita ao parque olímpico, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para avaliar o andamento das obras. Em meio à crise política, os deputados estão reunidos desde a noite desta quinta-feira, 9, no Rio, para uma série de encontros de articulação política no que consideram "momento crucial" para o governo. O grupo se reúne, à noite, com o presidente em exercício, Michel Temer.

Saudado pelos correligionários, o presidente da câmara, Eduardo Cunha, encontrou a comitiva por volta das 10h30, no hotel onde estão hospedados 30 deputados, além do ministro do Turismo, Henrique Alves, e da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo. "A visita é para mostrar aos deputados tudo o que o partido tem feito aqui pelo Rio", afirmou.

O objetivo é "aproximar" a base do partido do prefeito Eduardo Paes - citado pelos parlamentares como forte candidato à presidência. Alguns avaliam que o jantar desta noite, com as lideranças do partido, poderia sinalizar uma pré-candidatura. "Ele é jovem, um candidato novo, como o País quer. Mas sempre diz, vamos esperar a olimpíada. É o que faremos", disse o deputado Darcísio Perondi (RS).

No saguão do hotel, os deputados se reuniram em demonstração de unidade, força política e confraternização, em contraste com o tom das articulações sobre a crise política no governo da presidente Dilma Rousseff. Ontem à noite, por cerca de quatro horas, os deputados ouviram do ministro Edinho Araújo um pedido para garantir "respaldo político" ao governo para dar uma saída ao momento "crucial".

"Há uma crise de confiança no governo, mesmo o presidente Michel Temer tendo dado tranquilidade após assumir a articulação. É um momento de buscar saída para a crise. O ministro Edinho indicou, na linha com que a Dilma precisa agora, que o partido apoie e dê respaldo político ao governo", afirmou o deputado Mauro Pereira, do Rio Grande do Sul.

Nas rodas informais, o tom da articulação era mais duro. "Só se fala na saída dela, está balançando", disse um deputado da bancada do Nordeste. A avaliação é que o governo precisa dar sinais mais concretos de saída da crise, e de que o país "é viável" economicamente.

A situação delicada deve se agravar ainda mais, em agosto, quando novas manifestações estão convocadas e haverá o julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "É uma conjuntura política crucial para o governo", afirmou o deputado.

Apesar das especulações sobre os cenários possíveis em caso de saída da presidente, os deputados indicam que "têm responsabilidade com o País" e que "não há fato concreto" para a saída da presidente. "Seria golpe", disse o deputado Mauro Pereira. "Mas caso haja qualquer fato jurídico que descredencie a titularidade do gestor, o poder legislativo não pode passar a mão na cabeça", completou.

"Existem dois caminhos para a presidente. Ou ela termina o mandato sangrando, como o Sarney, que pelo menos sabia fazer política. Ou é constitucionalmente afastada. O TCU, o Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério Público Federal (MPF) estão investigando. Todos estão buscando a 'Elba'", disse Perondi, em alusão ao caso que culminou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor.


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