Mais cedo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que é mais recomendável deixar a apreciação da proposta para depois do recesso parlamentar, que começa a partir do sábado, 18.
Na avaliação de Renan e de outros senadores peemedebistas, o tratamento deve ser igualitário para todos os setores da economia atingidos pelas medidas.
"Se mudar o texto, é muito difícil votar ainda com o pouco tempo que temos pela frente. Então, vamos avaliar agora para ver qual que é o melhor encaminhamento. Ainda como o projeto tem uma noventena, estamos remetendo isso aí para dezembro, se for o caso de a gente votar em agosto", disse o petista.
O líder do governo no Senado evitou dizer se as dificuldades na aprovação da reoneração representariam um "golpe duro" no ajuste fiscal, mas admitiu preocupação com a perda na arrecadação.
"A gente deixa de arrecadar pelo menos R$ 2 bilhões ainda neste ano. E claro, R$ 2 bilhões não é qualquer dinheiro. Vamos conversar agora para ver como é que vamos encaminhar isso no Congresso. Uma das sugestões é votar o texto do jeito que está e depois criar uma comissão no Senado para discutir os demais setores, ou o governo apresentar uma outra medida provisória olhando essa reoneração dos setores todos, principalmente da indústria, para fazer uma coisa talvez mais justa e mais bem distribuída", comentou Delcídio.
Durante a reunião com os líderes da base no Senado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez as suas ponderações sobre o tema, expondo para os senadores os custos do prolongamento da decisão.
"O ministro Levy apresentou as ponderações dele e ficou a cargo agora do Senado Federal avaliar qual é a melhor saída", disse Delcídio. "Não temos muito tempo mais.