No entanto, entre outros temas, os oposicionistas vão questionar Cardozo sobre encontro, em fevereiro, entre ele e advogados que defendem empreiteiros envolvidos no caso. De acordo com publicações do jornal Folha de S. Paulo e da revista Veja, defensores tentavam uma ajuda do governo para soltar executivos da UTC e da Camargo Correa que foram para a cadeia.
No encontro com Sérgio Renault, advogado da UTC, Cardozo teria dito que os rumos da Lava-Jato mudariam radicalmente. O ministro ainda teria orientado o advogado a não fechar um acordo de delação premiada. Na época, por meio de nota oficial, Cardozo reconheceu a reunião com Renault e negou que eles tinham tratado sobre a operação que apura pagamentos de propina no âmbito da estatal. O petista disse ainda que a conversa foi muito rápida e que, como comandante da pasta, tinha a obrigação de receber advogados.
Outro ponto que os oposicionistas vão utilizar para minar o governo é o conteúdo da delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa.
O ministro vai insistir na tese defendida pelo PT e pelo Palácio do Planalto: todos os recursos recebidos pela legenda foram proveniente de doações legais, que contaram com o aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A convocação partiu de uma estratégia para evitar a ida à CPI do petista José Dirceu e dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), cujos nomes foram citados em delações premiadas..