Vários ministros participam do almoço que começou por volta das 12 horas, entre eles o da Casa Civil, Aloízio Mercadante, e da Comunicação Social, Edinho Silva.
Dilma reagiu às mobilizações por sua saída que o governo chama de "golpistas" e disse que vai lutar com "unhas e dentes" pelo seu mandato. Mas Lula acha que a reação não foi suficiente para reverter o quadro negativo que domina Brasília e continua fazendo críticas à atuação política da presidente. Enquanto isso, o governo sofre novos golpes, seja com derrotas na Câmara e Senado em votações, seja por conta da convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que irá explicar no Congresso as operações da Polícia Federal.
Politéia
Neste clima conturbado e negativo, foi deflagrada na manhã desta terça a operação Politéira, desdobramento da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, atingindo senadores da base aliada, como Fernando Collor (PTB) e Ciro Nogueira (PP) e o ex-ministro da Integração senador Fernando Bezerra (PSB). Mais um complicador na relação com a já complicada base aliada que tem sido rebelde com o governo.
O Planalto está preocupado com estas investidas da PF, que tem criado muitas complicações políticas para o governo. Novas denúncias envolvendo políticos poderiam surgir, tensionando ainda mais as relações com a base aliada.
Lula tem dito que não tem mais argumentos para defender o governo, que Dilma não o ouve e que ela precisa sair às ruas para dizer que tudo está fazendo pelo País, defendendo o seu legado.
Nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a chamar ministros, nomes de peso PT e representantes de movimentos sociais para conversas reservadas, em São Paulo. Preocupado com o impacto da Operação Lava Jato, com as novas medidas impopulares que serão tomadas e com os efeitos recessivos do ajuste fiscal, Lula avalia que, se Dilma não começar a percorrer o País e a divulgar notícias boas, os problemas podem se agravar..