A PF esteve em dois imóveis do advogado nesta manhã, entre eles o escritório que mantém no Lago Sul, área nobre de Brasília. O advogado foi citado em depoimentos do dono da UTC, Ricardo Pessoa. Em delação premiada, o empreiteiro apontou que o filho do presidente da Corte de Contas recebia R$ 50 mil para repassar à empresa informações relevantes. Cedraz teria recebido ainda R$ 1 milhão por um processo que discutia a obra para montagem da usina de Angra 3.
O Cedraz Advogados afirmou em nota que, desde a publicação das primeiras notícias publicadas na imprensa, o escritório se colocou à disposição das autoridades para prestar informações, "mas sequer teve resposta". O escritório afirmou ainda nunca ter patrocinado nenhum caso do grupo UTC perante a Corte de Contas e "repudiou veementemente toda e qualquer adulteração de fatos lícitos para ensejar um enquadramento dos fatos em uma delação forjada".
O escritório aponta ainda que informou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal e o Conselho Nacional da entidade a sobre "extrapolações" no cumprimento da busca e apreensão.
A operação Politéia, deflagrada hoje em desdobramento da Lava Jato, é a primeira no âmbito dos inquéritos abertos em março no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar suposto envolvimento de políticos no esquema de desvios de dinheiro na Petrobras. As ações estão sendo realizadas em Brasília e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco..