CPI da Petrobras ouve nesta quarta-feira ministro da Justiça

Ministro José Eduardo Cardozo foi convocado para explicar escutas ilegais na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná

Iracema Amaral
José Eduardo Cardozo deverá falar também sobre nova fase da Operação Lava-Jato - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, na Câmara dos Deputados, ouve nesta quarta-feira) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Parlamentares querem explicações de Carozo sobre o caso das escutas clandestinas encontradas na cela do doleiro Alberto Youssef na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná.

A expectativa é que o ministro fale também sobre a nova fase da Operação Lava-Jato que, nessa terça-feira (14), fez busca e apreensão na residência de políticos suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras, entre eles, os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Fernando Bezerra (PSB/PE), Ciro Nogueira (PP-PI), e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE).

Negociação

O ministro José Eduardo Cardozo tentou minimizar a convocação pela CPI da Petrobras para depor sobre os grampos clandestinos da cargeragem da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná.. "Não vejo nenhum problema em comparecer à CPI. Se eu puder colaborar de alguma forma para a elucidação dos fatos, eu o farei. Comparecer ao Parlamento é sempre uma honra para mim", declarou o ministro da Justiça, por meio de nota.

Na verdade, a ida de Cardozo foi negociada entre aliados do governo e oposição. Para o governo, a convocação de Cardozo, ao invés de os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, está sendo considerada "o menor dos males". Além disso, Edinho e Mercadante foram apontados pelo empresário e dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, como destinat