O manuscrito foi copiado por agentes da Polícia Federal na manhã de 22 de junho na Custódia da Superintendência Regional da corporação em Curitiba - nele, estava escrito 'destruir e-mail sondas'.
Segundo nota divulgada pela defesa, via assessoria de imprensa, nesta quarta-feira, 15, "preso há 27 dias, Odebrecht ainda não foi ouvido sobre os motivos que levaram à decretação de sua prisão, nem há previsão para isso até o momento."
O empreiteiro foi preso em 19 de junho, por suspeita de envolvimento com o cartel de empreiteiras que assumiu o controle de contratos bilionários na Petrobras.
"Foi iniciativa da defesa de Marcelo comunicar ao juiz Sergio Moro o episódio ocorrido no dia 23 de junho na carceragem da Policia Federal de Curitiba", diz o texto divulgado pela assessoria do empreiteiro.
"Na ocasião, Marcelo Odebrecht entregou de boa-fé um bilhete a um agente da Polícia Federal para comunicação com seus advogados, que passa por triagem interna como medida de segurança, o que de fato aconteceu.
Ainda segundo a nota divulgada nesta quarta, no dia 25 de junho "os advogados entregaram o bilhete original, cujo conteúdo apresentava os pontos a serem esclarecidos para impetração do habeas corpus do executivo, à seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná, uma vez que houve violação do sigilo funcional entre cliente e advogado e pediu providências à entidade"
A OAB-PR já informou ao juiz e à PF que o bilhete está custodiado na entidade.
"A Ordem dos Advogados do Brasil, por meio de parecer do seu procurador nacional adjunto de Defesa das Prerrogativas, também considerou que a transcrição e divulgação do conteúdo do bilhete caracteriza desrespeito ao sigilo profissional dos advogados da empresa.".