O Projeto de Resolução 1.629, de autoria da Mesa Diretora, muda uma série de normas, como o tempo de fala dos vereadores em reuniões plenárias, os recursos aos quais parlamentares podem recorrer para contestar projetos, além do endurecimento dos critérios para marcação de presença. O presidente da Casa, Wellington Magalhães (PTN), quer votar o projeto, em tramitação há 12 dias, logo na primeira semana de agosto. E ele não deve encontrar dificuldade, já que o líder de governo apresentou emenda de redação à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e, com isso, suspendeu o recesso parlamentar de julho.
“Enquanto não vota a LDO, não entra em recesso. Ele (Preto) apresentou a emenda numa manobra política para que continuem correndo os prazos para a mudança do regimento interno. Isso foi feito claramente a mando do Executivo para facilitar a aprovação dos projetos”, afirma o líder da bancada do PT, vereador Pedro Patrus.
São de autoria da oposição 10 das 14 emendas apresentadas ao projeto de resolução, mas Patrus acha difícil que alguma delas passe, já que a própria Mesa Diretora analisa as emendas e a votação em plenário é em turno único e simbólica.
O líder de governo afirma que as mudanças não estão sendo feitas a toque de caixa, mas começaram a ser discutidas em janeiro. Preto também reclama que, usando instrumentos do regimento, a oposição, apesar de ser minoria, paralisou os trabalhos este ano. “Eles podem fazer oposição, mas não podemos ficar com a Câmara parada”. De acordo com Wellington Magalhães, o tempo de fala da oposição está garantido. “Vai ter o tempo e o espaço da oposição, mas não dá para ficar até de madrugada obstruindo a pauta”, reforça..