A nova etapa da Operação Lava-Jato, desencadeada na última terça-feira (14), colocou os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com as barbas de molho e deixou o clima político ainda mais insustentável na capital federal. Assim como os três senadores e o deputado federal que tiveram suas casas e escritórios revirados pelos policiais federais, ambos são alvo de inquéritos instaurados no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar os desvios bilionários de recursos da Petrobras. A investida provocou uma reação imediata de Renan, que quer mover um processo contra a operação de busca e apreensão em apartamento funcional e casas de três senadores, sem o conhecimento da Polícia Legislativa.
O presidente da Câmara, por sua vez, preferiu não comentar as oposições feitas à operação e descartou ligações entre as medidas de busca e apreensão e uma possível retaliação do governo aos parlamentares. “Não foi uma ação motivada pelo governo. Não dá para acusar o governo pela ação. O espetáculo talvez você possa acusar, mas a ação não”, completou o peemedebista, dizendo que é “preciso deixar o tempo e as coisas aparecerem”. Aos mais próximos, entretanto, Cunha promete continuar retaliando o Palácio do Planalto, caso seja denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Cunha, que já conhece o desconforto de passar por uma busca e apreensão da Polícia Federal, foi irônico sobre uma possível ação da Lava-Jato contra ele: “A porta da minha casa está aberta. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar”. Em maio, o STF autorizou que a PF revistasse seu gabinete, onde foram apreendidos requerimentos que teriam sido usados para pressionar empresas a acertar pagamento de propinas. O deputado ficou possesso. A temperatura do caldeirão político é tão alta em Brasília, que o vice-presidente da República, Michel Temer, disse nessa quarta-feira que a Operação Lava-Jato abala a “tranquilidade institucional do país”. E fez até mesmo um apelo pela paz: “Sinto que há um clima de certa discordância, que não é útil para o país nem é muito fruto, digamos assim, do espírito do brasileiro. Precisamos buscar uma concórdia de todos os brasileiros.” Entretanto, ele evitou colocar o dedo na ferida e não se recusou a comentar a ação da Polícia Federal. “Não quero entrar nesse assunto porque é extremamente delicado. Acho que temos que aguardar os acontecimentos”, disse.
O presidente da Câmara, por sua vez, preferiu não comentar as oposições feitas à operação e descartou ligações entre as medidas de busca e apreensão e uma possível retaliação do governo aos parlamentares. “Não foi uma ação motivada pelo governo. Não dá para acusar o governo pela ação. O espetáculo talvez você possa acusar, mas a ação não”, completou o peemedebista, dizendo que é “preciso deixar o tempo e as coisas aparecerem”. Aos mais próximos, entretanto, Cunha promete continuar retaliando o Palácio do Planalto, caso seja denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Cunha, que já conhece o desconforto de passar por uma busca e apreensão da Polícia Federal, foi irônico sobre uma possível ação da Lava-Jato contra ele: “A porta da minha casa está aberta. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar”. Em maio, o STF autorizou que a PF revistasse seu gabinete, onde foram apreendidos requerimentos que teriam sido usados para pressionar empresas a acertar pagamento de propinas. O deputado ficou possesso. A temperatura do caldeirão político é tão alta em Brasília, que o vice-presidente da República, Michel Temer, disse nessa quarta-feira que a Operação Lava-Jato abala a “tranquilidade institucional do país”. E fez até mesmo um apelo pela paz: “Sinto que há um clima de certa discordância, que não é útil para o país nem é muito fruto, digamos assim, do espírito do brasileiro. Precisamos buscar uma concórdia de todos os brasileiros.” Entretanto, ele evitou colocar o dedo na ferida e não se recusou a comentar a ação da Polícia Federal. “Não quero entrar nesse assunto porque é extremamente delicado. Acho que temos que aguardar os acontecimentos”, disse.