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sobre um eventual impeachment da presidente brasileira, Maduro afirmou que forças imperialistas de ultradireita estão em plena ação contra movimentos nacionalistas, seja na Venezuela ou no Brasil, mas, ao contrário do que ocorreu na ditadura militar, não é possível mais fazer "desaparecer" a esquerda.
"Creio que as forças imperialistas da ultradireita estão arremetendo contra os movimentos progressistas, nacionalistas, patrióticos de esquerda. Estão cometendo os mesmos erros de 40 anos atrás com a Operação Condor", disse Maduro, referindo-se à operação criada em 1975 que reuniu militares de Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia em ações conjuntas, com colaboração da CIA, para o combate às guerrilhas e a outros movimentos de resistência às ditaduras militares que dominavam esses países.
"O que ocorre é que agora não podemos desaparecer, porque somos um povo, somos um povo, Lula é um povo, Dilma é um povo, nós, do movimento bolivariano, somos um povo. O povo brasileiro seguirá triunfando", comentou Maduro.
PRISÃO - Maduro chegou a Brasília horas depois de um dos líderes da oposição na Venezuela, o governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, ser convidado a comparecer a uma audiência no Senado para falar sobre a situação política do país vizinho. Proposto pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o requerimento foi aprovado pelos integrantes do colegiado.
Questionado sobre quando ia ser libertado o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, Maduro respondeu: "Só na Venezuela se critica que a Justiça funciona. Há uma campanha permanente do imperialismo pra tentar impor a justiça midiática imperial. Ninguém que tem um cargo, seja qual for, está livre de cumprir a lei nem tem imunidade."
Ledezma foi detido pelo serviço secreto venezuelano em fevereiro deste ano, acusado pelo chavismo de travar um golpe contra Maduro..