Mais cedo, quando anunciou seu rompimento com o governo federal, o deputado reclamou do que classificou como devassa fiscal à sua vida em decorrência de uma fiscalização da Receita Federal. "Não vou ser constrangido para que meu posicionamento seja favorável ao governo", afirmou.
A Receita pede, entre outras coisas, demonstrativo financeiro mensal, separado por fonte pagadora, de rendimentos do parlamentar entre 2010 e 2013. Solicita, ainda, comprovantes de depósitos bancários e de transferências para esses recebimentos; demonstrativo de dívidas; documentação sobre compra e venda de bens no Brasil e no exterior.
O fisco quer ainda comprovantes de pagamentos de IPTU, pagamentos de aluguéis, taxas de condomínio, TV por assinatura, empregados; comprovante das faturas de cartão de crédito; comprovante de despesas com reformas e ampliação de bens móveis e imóveis; extratos bancários de contas correntes e aplicações financeiras.
Cunha ainda terá de dar explicações sobre, especificamente, um apartamento no Distrito do Andaraí (RJ). A venda do imóvel, por R$ 225 mil, parece ter chamado a atenção da Receita e a instituição pede comprovante da venda e do recebimento do valor do bem, além de um documento que comprove a aquisição do imóvel antes da venda. A Receita também quer uma comprovação do estado civil de Cunha entre 2010 e 2013.
Ele entregou à imprensa também outros três documentos: a delação feita por Julio Camargo, um Relatório de Auditoria da Petrobras sobre a contratação do navio-sonda Titanum Explorer, Petrobras 10.000 e Vitória 10.000; e a cópia do inquérito 2123, que pesa contra ele e foi desarquivado recentemente..