O ministro Ricardo Levandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), participou no começo da tarde desta sexta-feira da primeira audiência de custódia, projeto que pretende promover audiências entre presos em flagrante e um juiz no prazo de 24 horas após ocorrido o delito. A primeira audiência foi de David, de 20 anos, preso nesta quinta-feira por quebrar vidro de carro, no Bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e roubar mochila. Ele conseguiu liberdade provisória, com as condicionantes de que não pode se aproximar da vítima, além de se apresentar de 15 em 15 dias no centro de socialização da Lagoinha. Além de participar da inauguração do projeto audiência de custódia, o presidente do Supremo foi homenageado com o Colar do Mérito Judiciário. A comenda é dedicada a quem se destaca na prestação de serviços à Justiça.
Atualmente, os presos provisórios representam 41% da população carcerária brasileira, que é de 607,7 mil presos. Minas Gerais tem a segunda maior população carcerária do país (61,2 mil), segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Justiça referentes a junho de 2014. O mesmo levantamento indica que o estado tem a maior quantidade de unidades prisionais do Brasil (184) e é o sétimo com maior proporção de presos sem condenação (53%).
Categoria em protesto
Enquanto acontecia a audiência, servidores da Justiça Federal protestaram do lado de fora do Palácio da Justiça. Em campanha salarial, eles pedem que a presidente Dilma não vete o Projeto de Lei que estabelece reajuste de quase 60% para a categoria.
