Brasília – A Líder Táxi Aéreo, que transportou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer palestras da Odebrecht no Caribe, afirmou que outra empresa foi quem bancou as despesas do voo.
A firma indicada pela empresa de táxi aéreo é a AG Construtora, de capital social de R$ 300 mil. No entanto, a Odebrecht disse ao jornal que quem pagou o voo foi a DAG Construtora, que confirmou a informação. Apesar dos nomes semelhantes, as firmas têm CNPJs, donos e sedes diferentes. A reportagem questionou a Líder Táxi Aéreo por três vezes ontem se ela se equivocou ao indicar uma pequena empresa como financiadora da viagem de Lula. No entanto, se negou a prestar esclarecimentos alegando sigilo profissional de voos de seus clientes.
A AG Construtora foi aberta em 2007 e está registrada num bairro residencial em nome do eletricista Ronildo Gil Guerrieri Couto Junior e de Pedro Alves do Nascimento.
A DAG reafirmou que pagou o voo em duas parcelas e com nota fiscal. O Instituto Lula informou, como é de praxe, que a Odebrecht se encarregou do deslocamento para uma palestra de seu interesse na República Dominicana.
PEDIDO O instituto do ex-presidente abriu nova acusação contra mais um procurador que atuou no inquérito que apura suspeitas de que ele praticou tráfico de influência para beneficiar a Odebrecht em obras no exterior, parte delas bancada com empréstimos subsidiados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desta vez, o alvo é o procurador Valtan Timbó, que converteu a apuração em procedimento investigatório criminal. Ele foi acionado no Conselho Nacional do Ministério Público. Em maio, Lula fez o mesmo com o procurador Anselmo Lopes, que iniciou o procedimento por meio de uma representação. Pela segunda vez, os advogados de Lula pediram a suspensão da investigação.
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