No início da noite dessa segunda-feira, porém, o advogado do prefeito, Walter Amaro, disse que seu cliente continua na chefia do Executivo e que a reunião dos vereadores não tem validade diante da liminar concedida pelo TJMG. Um dos argumentos que o advogado usou no tribunal para anular a CPI é que o recebimento da denúncia contra o chefe do Executivo foi tomado pelos sete vereadores que são adversários do prefeito e pelo então presidente da Câmara, Valdemir Soares Oliveira (DEM), que seria beneficiado diretamente com uma possível cassação do prefeito. Isto porque em Jaíba não há vice-prefeito. Enoch foi eleito vice e assumiu o comando do município após a cassação do titular, Jimmy Murça (PCdoB), em novembro de 2013.
Além da confusão sobre quem realmente comanda a cidade, outra decisão judicial mexeu com a política de Jaíba na manhã dessa segunda-feira. Assim que foi iniciada a reunião da Câmara, oficiais de Justiça chegaram ao local e comunicaram o afastamento de dois vereadores por suspeita de envolvimento em corrupção: o presidente da casa, Valdemir Soares Oliveira (DEM), e Elias do Açougue (PHS).
Valdemir e Elias do Açougue foram afastados por decisão da juíza substituta da Comarca de Manga, Roberta Souza Alcântara Daryrell. Eles são acusados de receber propina de uma empresa que teria vencido licitação fraudulenta no município. A reportagem não conseguiu contato com os dois vereadores afastados. As vagas deles serão ocupadas pelos suplentes Adão Antônio de Souza (PHS)) e Marcos Roberto Ruas (PSC)..