A PF diz haver "farta materialidade" sobre corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial, além de formação de cartel e lavagem de dinheiro.
Ainda conforme a PF, foram encontrados indícios de que o presidente da Odebrecht lançou mão de uma estratégia de confrontar as investigações Lavas Jato, buscando criar "obstáculos" e "cortinas de fumaça", que contava com "policiais federais dissidentes", dupla postura perante a opinião pública, apoio estratégico de entidades de classe, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ataques às apurações internas da Petrobras.
Nas 64 páginas do relatório, a PF traça um a panorama a partir das anotações feitas pelo próprio Marcelo Odebrecht em seu telefone, a partir dos e-mails e materiais apreendidos, bem como material já existente nos autos, para apontar tal postura do indiciado. "Verifica-se ainda as ideias do dirigente acerca da Operação Lava Jato, o que demonstra que o mesmo não apenas tinha pleno conhecimento das irregularidades que envolviam o Grupo Odebrecht como pretendia adotar uma postura de confronto", diz o texto.
A defesa da Odebrecht nega as acusações feita pela Polícia Federal, assim como a OAB (mais informações nesta página). Segundo a PF, "quanto a Marcelo Bahia Odebrecht, além do caso especifico das sondas, o material trazido aos autos aponta para o seu conhecimento e participação direta nas condutas atribuídas aos demais investigados, tendo buscado, segundo se depreende, obstaculizar as investigações".
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