Nova York, 21 - O vice-presidente do República, Michel Temer, disse a investidores em uma palestra em Nova York na tarde desta terça-feira, 21, que se fosse o presidente, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seria seu ministro. Ao dar esta declaração, Temer foi aplaudido pelos presentes, que incluíam gestores de grandes fundos e instituições financeiras internacionais, como a Pimco, Nomura, AllianceBernstein, Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP Morgan, MetLife e Oppenheimer.
Após a reunião, Temer confirmou aos jornalistas o que disse sobre Levy no encontro, que foi fechado à imprensa. "Eles perguntaram o que eu faria se eu fosse o presidente. Disse que manteria o Levy, claro, eles está fazendo um belo trabalho", afirmou Temer.
Os gestores também questionaram se o PMDB teria candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018. "Eu disse que sim", falou mais tarde Temer aos jornalistas, evitando comentar se ele seria o candidato. "Faltam no mínimo três anos."
Ainda na apresentação, Temer foi questionando sobre os problemas no Congresso e o rompimento de Eduardo Cunha com o governo. "Acho que conseguimos dar resposta satisfatória e uma mensagem de otimismo", afirmou Temer na entrevista quando questionado sobre o teor de sua apresentação aos investidores. "Me surpreendi não só pela presença, mas pela audiência e pelo interesse", disse Temer.
Temer ressaltou ainda que "desde o primeiro momento foi um grande desafio" assumir a coordenação política do governo, especialmente em um momento que medidas impopulares do ajuste fiscal seriam apresentadas ao Congresso.