O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), juntamente com o de outras cinco cidades brasileiras, se encontraram nesta terça-feira com o Papa Francisco, no Vaticano. No encontro, eles assinaram documento se comprometendo a trabalhar pela melhoria das condições climáticas e pela redução da pobreza extrema e exclusão social. Eles também pediram que os países mais desenvolvidos transfiram recursos e tecnologia para os mais pobres para ajudar nas soluções. Lacerda, que preside a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e outros brasileiros estavam entre os 70 chefes de executivos municipais convidados a tratar do tema.
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O grupo de prefeitos brasileiros entregou ao líder católico uma carta em que declara ter identidade com os princípios da “ecologia integral”, defendidos na encíclica divulgada em junho pelo Papa. No documento, eles se colocam disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, buscando melhores condições de vida especialmente para os mais pobres, mas pedem ajuda financeira. “Propomos a transferência de recursos e tecnologias dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento, em especial aos mais pobres, e diretamente às cidades, visto que os primeiros são os que historicamente mais consomem recursos naturais e contribuem para o agravamento das mudanças climáticas”.
A carta assinada por Lacerda e os prefeitos de São Paulo, Fernando Haddad, Salvador, ACM Neto, Curitiba, Gustavo Fruet, Porto Alegre, José Fortunati, e Goiânia, Paulo Garcia, pede ainda o reconhecimento pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “atores fundamentais na promoção da sustentabilidade global”.
Histórico
Lacerda falou dos esforços dos gestores brasileiros na superação das vulnerabilidades sociais. Segundo ele, a melhora virá pela oferta de serviços básicos como água potável, saneamento, educação, moradia digna, saúde, transporte público e manejo de resíduos sólidos para os mais carentes.
“Sua Santidade, como liderança mundial protagoniza um marco histórico ao abordar formalmente em sua encíclica duas emergências globais, que são as mudanças climáticas e a escravidão moderna. Ao mesmo tempo reconhece e abre espaço na mesa de discussão para autoridades locais como atores essenciais do processo de construção dessa nova etapa do desenvolvimento internacional baseado nos princípios da ecologia integral”, disse Lacerda. .