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Vem das mulheres a maior rejeição ao governo da petista. De acordo com a CNT/MDA, 73,5% das entrevistadas consideram a gestão ruim ou péssima. Entre os homens, esse percentual é de 68,1%.
A maioria dos brasileiros acredita que a situação do país ficará mais difícil nos próximos seis meses. Para 75,9%, o custo de vida vai aumentar muito em 2015. Mais da metade (55,5%) respondeu que o desemprego vai piorar e um terço dos entrevistados (33,7%) acredita que a renda vai diminuir. A saúde e a segurança pública ficarão piores na opinião de, respectivamente, 47,5% e 46,2% dos entrevistados. A maior parte dos brasileiros acredita que nada vai mudar em relação à educação (42,1%) e à renda mensal (50,2%).
A crise só vai ser superada daqui a três anos ou mais, na previsão de 61,7% dos entrevistados. A grande maioria (84,6%) considera que Dilma não está sabendo enfrentar a crise econômica, sendo o ajuste fiscal inadequado na avaliação de 61,5% dos entrevistados.
O pessimismo estampa também resultados sobre a Operação Lava-Jato, que apura esquema de propina na Petrobras. Para 67,1% dos entrevistados que afirmaram já ter ouvido falar na investigação, os envolvidos não serão punidos. A maior parte dos entrevistados considerou a presidente Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como responsáveis pelo esquema. Mais da metade (52,5%) respondeu que o governo não será capaz de combater a corrupção na estatal. A maior parte (53,4%) avalia que a corrupção é um dos principais problemas do país. A pesquisa CNT/MDA entrevistou 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 estados, em todas as regiões do país.
Tucanos venceriam Lula
Se as eleições de 2018 fossem hoje, os tucanos teriam lugar garantido no Palácio do Planalto, deixando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da disputa. A pesquisa CNT/MDA, divulgada ontem, analisou três cenários na corrida pela Presidência da República. Todos trazem Lula (PT), Marina Silva (PSB/Rede) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) entre os candidatos.
Numa primeira simulação, os três disputariam com o senador Aécio Neves (PSDB-MG). De acordo com o levantamento, o tucano teria 35,1% das intenções de voto para presidente no primeiro turno, contra 22,8% de Lula, 15,6% de Marina Silva e 4,6% de Bolsonaro. Na disputa com Lula no segundo turno, Aécio ficaria com 49,6% dos votos e o ex-presidente, com 28,5% da preferência dos eleitores.
De acordo com o levantamento, 44,8% dos entrevistados acreditam que, se Aécio Neves, derrotado nas últimas eleições, tivesse vencido a eleição, o governo dele estaria melhor do que o de Dilma. A pesquisa também projeta cenários em que, no lugar de Aécio, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o senador José Serra (PSDB) entrariam na disputa presidencial de 2018. Apesar de o ex-presidente Lula acumular mais intenções de votos que os dois tucanos no primeiro turno, tanto Alckmin quanto Serra venceriam o petista no segundo turno.
Outras pesquisas
No início do mês, a rejeição da população à presidente Dilma Rousseff (PT) foi a mais alta já registrada entre todos os presidentes desde a redemocratização, em 1985, de acordo com pesquisa encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) ao Ibope. O percentual que considera o governo de Dilma ruim ou péssimo subiu de 64%, em março, para 68%, em junho. No fim de junho, a pesquisa Datafolha também apontou que a reprovação da presidente atingiu o índice mais alto desde o início do mandato da petista, em 2011, chegando a 65%. Segundo a pesquisa, a taxa de rejeição do governo Dilma está em patamar próximo à enfrentada por Fernando Collor em setembro de 1992 (68%), pouco antes de ser afastado da Presidência da República.