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Estado de Minas

Acusados de difamar prefeito de Varginha acusam deputado de pagar pelo serviço


postado em 24/07/2015 06:00 / atualizado em 24/07/2015 07:19

Três anos depois do pleito que elegeu Antônio Silva (PTB) prefeito de Varginha, no Sul de Minas, dois dos envolvidos em uma campanha difamatória contra ele acusam o deputado federal Dimas Fabiano (PP) de pagar para prejudicar o político e favorecer um nome apoiado por ele. Até agora eles haviam ficado em silêncio, mesmo depois de terem sido presos em flagrante em uma madrugada, quando fariam a distribuição do material. Reportagem do Jornal da Alterosa exibiu ontem entrevista exclusiva com os investigados em que disseram ter recebido dinheiro e uma viagem do parlamentar para ficar de boca calada.

Segundo o inquérito, durante a campanha eleitoral de 2012, seis pessoas foram presas de madrugada por articular campanha difamatória contra Antônio Silva. O intuito era melhorar o desempenho do terceiro colocado nas pesquisa, Renato Paiva (DEM). Diante das provas colhidas, cinco pessoas foram indiciadas por difamação eleitoral e corrupção de menor, mas ninguém falou nada. A equipe da TV Alterosa entrevistou dois dos acusados: Juliano Rodrigues e Mariane Tavares Benvenuto.

Para manter o sigilo, o publicitário disse ter recebido cerca de R$ 180 mil a R$ 200 mil que aparecem em depósitos não identificados na conta de sua mulher. Segundo ele, o material para difamar o prefeito foi definido em uma reunião com o deputado federal Dimas Fabiano, o advogado de campanha dele Juliano Comunian e seus assessores. “Quem dava as ordens era o deputado Dimas Fabiano”, afirmou Rodrigues, que foi indiciado também por corrupção de menor por estar com seu filho de 15 anos na hora da prisão em flagrante. “Foi acordado que ele me desse um montante em espécie e um salário por mês como assessor dele, mas assessor assim, um assessor fantasma, que não aparece”, disse.

O grupo ganhou ainda uma viagem para Ubatuba bancada pelo deputado para esperar esfriar o clima na cidade. “Foi o Juliano (advogado do deputado). Ele que ligou para a gente e mandou um senhor buscar a gente”, afirmou Mariane. Segundo ela, os três dias na praia foram bancados pelo deputado. Como Dimas Fabiano tem foro privilegiado por exercer mandato de deputado federal, as novas informações serão encaminhadas à Procuradoria Geral da República. O Estado de Minas não conseguiu contato com o deputado. À produção do Jornal da Alterosa Dimas Fabiano alega não ter vínculo com o denunciante e não ter pago nada para ele. O ex-candidato Renato Paiva também disse não ter nada a declarar sobre o material produzido e que quer apagar o episódio de sua história. Juliano Comunian também diz não ter envolvimento com o caso.


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