Três anos depois do pleito que elegeu Antônio Silva (PTB) prefeito de Varginha, no Sul de Minas, dois dos envolvidos em uma campanha difamatória contra ele acusam o deputado federal Dimas Fabiano (PP) de pagar para prejudicar o político e favorecer um nome apoiado por ele. Até agora eles haviam ficado em silêncio, mesmo depois de terem sido presos em flagrante em uma madrugada, quando fariam a distribuição do material. Reportagem do Jornal da Alterosa exibiu ontem entrevista exclusiva com os investigados em que disseram ter recebido dinheiro e uma viagem do parlamentar para ficar de boca calada.
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'Tenho muito respeito pelo ET de Varginha', brinca Dilma em visita à cidadeEm Varginha, no Sul de Minas, Pimenta diz que vê pesquisas 'com serenidade'Para manter o sigilo, o publicitário disse ter recebido cerca de R$ 180 mil a R$ 200 mil que aparecem em depósitos não identificados na conta de sua mulher. Segundo ele, o material para difamar o prefeito foi definido em uma reunião com o deputado federal Dimas Fabiano, o advogado de campanha dele Juliano Comunian e seus assessores. “Quem dava as ordens era o deputado Dimas Fabiano”, afirmou Rodrigues, que foi indiciado também por corrupção de menor por estar com seu filho de 15 anos na hora da prisão em flagrante.
O grupo ganhou ainda uma viagem para Ubatuba bancada pelo deputado para esperar esfriar o clima na cidade. “Foi o Juliano (advogado do deputado). Ele que ligou para a gente e mandou um senhor buscar a gente”, afirmou Mariane. Segundo ela, os três dias na praia foram bancados pelo deputado. Como Dimas Fabiano tem foro privilegiado por exercer mandato de deputado federal, as novas informações serão encaminhadas à Procuradoria Geral da República. O Estado de Minas não conseguiu contato com o deputado. À produção do Jornal da Alterosa Dimas Fabiano alega não ter vínculo com o denunciante e não ter pago nada para ele.