O deputado federal Celso Pansera (PMDB-RJ), apontado por Alberto Youssef como "pau-mandado" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o vazamento do depoimento do doleiro é uma tentativa de intimidá-lo e interferir nos trabalhos da CPI. "Tomei como recado e como ameaça física a mim", afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), sua base eleitoral.
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Deputado Celso Pansera nega ser 'pau-mandado' de Eduardo CunhaForça-tarefa do MP na Lava-Jato reforça indícios de que Cunha recebeu propinaEm pleno recesso, Cunha tira fotos com turistas que visitam a CâmaraMarina: crise política com rompimento de Cunha é fruto do sistema políticoNascido em São Valentim (RS), Pansera é um dos seis filhos de agricultores. Aos 26 anos, mudou-se para o Rio. Foi filiado ao PT, que deixou em 1992 para aderir ao grupo que fundou o PSTU.
Quando o PSTU ganhou a direção do Sindicato dos Bancários em Caxias, do qual foi assessor, passou a militar na Baixada. Em 1998, trabalhou para a reeleição do então deputado federal do PSB Alexandre Cardoso, hoje prefeito da cidade. "Essa proximidade era incômoda. Isso abriu um fosso do ponto de vista ideológico e programático que acabou com a saída dele do PSTU", disse Cyro Garcia, presidente do PSTU-RJ.
Cardoso e Pansera deixaram o PSB quando Eduardo Campos lançou-se candidato a presidente, e Pansera aderiu ao PMDB de Cunha. "A relação de Celso com Cunha nunca foi subalterna.
Na Câmara, Pansera divergiu de Cunha ao votar contra a redução da maioridade penal. Sobre casamento gay, diz que "as pessoas têm o direito de fazer sua opção". .