O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira, que o Ministério Público vive um "momento ímpar" e que a instituição é chamada agora a dar respostas, sem especificar quais as dificuldades enfrentadas. "A instituição como um todo está sendo chamada a dizer para o que veio e está de maneira muito propositiva, tranquila, serena e responsável, profissional atuando e dando respostas", disse Janot na abertura de um debate entre os quatro candidatos ao cargo de procurador-geral da República, que acontece na tarde desta segunda em Brasília.
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'Substituto' de Janot defende continuidade das investigaçõesLava-Jato não vai sofrer 'mudança radical' sem Janot, afirma entidadeJanot disputa hoje recondução ao comando da Procuradoria-Geral da RepúblicaRenan diz que atuará para votar logo eventual recondução de Janot à PGRCandidatos ao comando do Ministério Público priorizam anticorrupçãoLula é alvo em debate do Ministério PúblicoOpositor de Janot faz critica às relações da PGR com o CongressoSenadores e deputados acusam o procurador-geral de conduzir as investigações de forma "pessoal". Nas últimas semanas, o clima de animosidade aumentou após a Polícia Federal ter executado medidas de busca e apreensão contra políticos investigados na Lava-Jato a pedido do Ministério Público. "Se estamos nas luzes da ribalta, isso importa para que tenhamos em nos a consciência da responsabilidade histórica das respostas dadas pelo Ministério Público", disse.
Além de Janot, disputam o cargo de chefe do Ministério Público os subprocuradores Raquel Dodge, Carlos Frederico e Mario Bonsaglia. Entre todos, Frederico é visto como o opositor mais crítico à gestão feita pelo atual procurador-geral. Durante sua fala, Frederico fez provocações indiretas a Janot dizendo que o Ministério Público Federal está "carente" de inclusão. Ele se comprometeu a promover "igualdade, inclusão e liberdade de expressão" no Ministério Público caso seja o escolhido para o cargo de procurador-geral.
Na próxima terça-feira, 5 de agosto, os integrantes do Ministério Público votarão em um processo que resultará em uma lista com os três candidatos mais votados. A lista tríplice será então encaminhada à presidente Dilma Rousseff, a quem cabe escolher o nome do próximo procurador-geral. O indicado precisa passar ainda pela aprovação do Senado, onde Janot deverá enfrentar resistência caso seja o escolhido pelo Poder Executivo. Atualmente 13 senadores são alvos das investigações da Lava-Jato..