O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Petrobras deputado Hugo Motta (PMDB-PB) disse nesta terça-feira, em uma rápida passagem pela Câmara durante o recesso parlamentar, que respeita a manifestação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas vai manter a convocação da advogada Beatriz Catta Preta para depor no colegiado. A convocação foi aprovada no último dia 9 pela comissão e provocou reações dentro e fora da Casa.
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OAB alerta que honorários de Catta Preta 'são invioláveis'Catta Preta renuncia à defesa de delator de Eduardo CunhaOAB entra com pedido no STF contra convocação de Catta Preta na CPIPresidente da CPI da Petrobras mantém convocação de Catta PretaA criminalista defendeu vários nomes investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, entre eles, do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, do ex-executivo da Toyo Setal Augusto de Mendonça e do lobista Julio Camargo que, recentemente, denunciou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de receber US$ 5 milhões para viabilizar um contrato da estatal.
Motta explicou que a comissão quer explicações sobre a origem do dinheiro pago pelos acusados. “A nós cabe seguir o que o plenário decidiu e o plenário decidiu convocá-la para saber de onde está recebendo os recursos de honorários. Dinheiro ilícito é dinheiro ilícito”, avaliou. Motta quer esclarecer se o dinheiro dos honorários é parte dos recursos desviados pelos investigados.
O peemedebista acredita que a CPI conseguirá encontrar a advogada no “tempo certo” para convocá-la e ainda confirmou os depoimentos previstos para a próxima semana, com a volta do recesso parlamentar. No dia 4, a CPI ouve os presidentes da Mitsui, Shinji Tsuchiya, e da Samsung no Brasil, J. W.
Além dessas audiências, o colegiado terá que decidir sobre uma série de requerimentos. Motta explicou que vai definir a agenda da CPI numa reunião de trabalho na primeira semana de agosto. Na lista polêmica estão os requerimentos apresentados pelo líder do PSC, André Moura (SE), para a acareação entre a presidenta Dilma Rousseff e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação), a acareação da presidenta com o doleiro Alberto Youssef e dos ministros com o do dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa. Outro pedido na pauta, foi o apresentado pela deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA), que defende a acareação entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo..